quarta-feira, março 04, 2015

ISLAMISTAS PSICOPATAS

Entrevista de Qanta Ahmed (médica inglesa, muçulmana devota, filha de paquistaneses) nas amarelas de Veja de 4/3/15

Alguns trechos, para os que não recebem a revista.

P: O descontentamento no mundo islâmico com as charges com Maomé, como as que foram publicadas pelo jornal francês Charlie Hebdo, torna mais difícil uma colaboração dos moderados?
R: Não faz sentido que pessoas sejam assassinadas em um país como a França para vingar um crime contra uma lei de blasfêmia que não é islâmica, e sim islamista (relativo à vertente política do Islã). O problema está nos vários regimes que sustentam a ideologia islamista. Neles, qualquer um pode ser atacado se for acusado de islamofóbico. Há um paradoxo muito grande.

P: Por que, então, há tantos governos baseados no Islã político dentro e fora do Oriente Médio?
R: (...) Em cinco séculos de história legal do Império Otmomano, houve apenas um caso de apedrejamento até a morte. Os atuais governantes podem até apresentar seus motivos como religiosos, principalmente os da Arábia Saudita, que se dizem guardiões das cidades sagradas de Meca e Medina, mas a verdade é que não o são. Eles são meramente políticos totalitários. [Eu diria “políticos psicopatas totalitários”.]

P: Muita gente achou que os protestos contra as ditaduras, que ficaram conhecidos como Primavera Árabe, espalhariam democracias pelo Oriente Médio. Por que isso não aconteceu?
R: (...) A população, é claro, fica menos capaz, menos preparada, infantil, até. Quando surge uma oportunidade como a Primavera Árabe, ela não sabe o que fazer. Não foi escrito nenhum manifesto político. Não apareceu nenhuma ideia sobre como criar uma economia saudável. Foi uma revolta emocional, não racional. O fracasso era o único desfecho possível.

P: A senhora é uma defensora de Israel, como se diz?
R: Quando viajo para Israel sempre fico um pouco triste. Não encontrei a pluralidade que existe lá em nenhum país do Oriente Médio. Isso inclui mulheres muçulmanas na direção de hospitais, cristãos israelenses na corte suprema e judeus que foram perseguidos e banidos de outros países levando vida digna. É daquela maneira que toda a região ao redor deveria ser.

P: Por há tanto antissemitismo no mundo islâmico?
R: Todo totalitarismo precisa de um inimigo central, que possa ser considerado como “o outro” e leve a culpa pelos problemas da sociedade. Esse sentimento transforma-se, quase sempre, em antissemitismo. Foi assim com o comunismo, com o nazismo e é assim com o islamismo. Infelizmente, lendo os livros de história, sabemos dos tipos de discriminação genocida que essa espécie de sentimento pode produzir. Mas não só. Na realidade, a perseguição aos cristãos não tem nada de diferente: todos são considerados infiéis que merecem morrer.

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